O Programa de Gênero e Religião (PGR) da Faculdades EST concluiu, neste mês de outubro, o curso internacional Culto como Testemunho: Liturgia e Justiça de Gênero na Igreja Luterana, promovido pela Rede de Justiça de Gênero e com apoio da Federação Luterana Mundial (FLM). A formação reuniu 63 pessoas inscritas de diferentes países do Brasil, América Latina, Caribe e também da África do Sul, em uma experiência online marcada pela partilha e pelo compromisso com a transformação das práticas litúrgicas.
Realizado entre setembro e outubro de 2025, o curso foi composto por quatro módulos, sempre nas terças-feiras, e buscou aprofundar a relação entre culto, teologia e justiça de gênero. Os encontros trataram dos temas Culto, Teologia e Justiça de Gênero; A Linguagem Importa: falando sobre Deus e a Humanidade; A Palavra se fez Carne: o corpo no culto; e Culto com Justiça de Gênero.
“A proposta nasceu da escuta das próprias comunidades e igrejas, que pediram um espaço para refletir como a liturgia pode ser mais coerente com o compromisso de igualdade e dignidade de todas as pessoas”, explica a coordenadora do Programa de Gênero e Religião (PGR), professora doutora Soraya Heinrich Eberle, que foi assessora de todas as etapas da formação. “A linguagem, os símbolos e os gestos do culto têm poder para reproduzir desigualdades ou para transformá-las em sinais de justiça e inclusão”, completa.
A iniciativa dá continuidade ao processo formativo iniciado com o curso “O papel da igreja na prevenção e superação da violência contra as mulheres”, também promovido pela Rede de Justiça de Gênero e pela FLM. De acordo com a coordenação, a nova edição reafirma o compromisso das igrejas-membro da Federação com uma espiritualidade que testemunha o Evangelho por meio da justiça de gênero.
O curso teve duração de quatro semanas e certificação para quem participou de ao menos 80% dos encontros. Voltado a pastoras, pastores, estudantes de teologia, liturgistas, musicistas e lideranças leigas, o programa buscou oferecer ferramentas teológicas e litúrgicas para a construção de uma igreja mais inclusiva, profética e libertadora.