Evento gratuito reúne pessoas especialistas, teólogas e ativistas para discutir a herança da Conferência Pan-Africana de 1945 e o papel das igrejas na luta contra o colonialismo e o racismo
Oitenta anos após a histórica Conferência Pan-Africana de Manchester, realizada em 1945, intelectuais e ativistas negros e negras se reunirão, desta vez de forma virtual, para refletir sobre os caminhos do pan-africanismo e suas conexões transatlânticas. A aula especial “De Manchester 1945 a um Renascimento Pan-Africano”, marcada para o dia 13 de agosto, das 19h30 às 21h30 (horário de Brasília), será transmitida online e busca preparar o terreno para a Conferência África e Diáspora Africana (AAD 2026), prevista para ocorrer em Joanesburgo, na África do Sul.
Com enfoque nas conexões entre Guiné, Senegal, Brasil e África do Sul, o encontro reunirá pessoas pesquisadoras como Juliana Barreto Farias e Pedro Acosta Leyva, ambos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), além do teólogo e escritor Ronilso Pacheco, do Instituto de Estudos da Religião (ISER). A mediação ficará por conta do doutor em Ciências da Religião, Marcos Rodrigues da Silva e da coordenadora do Grupo Identidade da Faculdades EST, professora Selenir Kronbauer.
A programação contempla desde a trajetória de Fidelis Cabral D’Almada, figura guineense-chave nos intercâmbios político-acadêmicos entre África e América Latina nos anos 1960, até o papel das igrejas progressistas sul-africanas na resistência ao apartheid. A presença brasileira se destaca também com a análise sobre movimentos negros e organizações panafricanas no país. A participação é gratuita para quem não deseja certificado. Já os interessados em obter certificação devem pagar uma taxa de R$ 20. As inscrições estão abertas através da plataforma Even3.