Criada em 1990, a Cátedra de Teologia Feminista consolidou-se como referência nacional e abriu caminhos para políticas de justiça de gênero na instituição
A Faculdades EST comemora, em 2025, os 35 anos da Teologia Feminista em seu currículo acadêmico, uma trajetória que marcou não apenas a formação teológica, mas também a vida comunitária e eclesiástica no Brasil. Para marcar a data, dentro do IX Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião, uma atividade foi realizada no auditório Katharina von Bora, na noite da quarta-feira, dia 27.
A professora doutora Márcia Blasi, lembra que a Cátedra foi resultado do empenho coletivo: “Foi aprovada em 1990, fruto da mobilização de estudantes que demandavam o reconhecimento das mulheres e de suas experiências no campo da teologia. Desde então, tornou-se parte do currículo do Bacharelado em Teologia, um componente do Programa de Pós-Graduação (PPG) e abriu caminhos para a criação da política de Justiça de Gênero do PPG”, destacou.
A história da Teologia Feminista e dos Estudos de Gênero na Faculdades EST está intimamente relacionada com a presença de mulheres na formação teológica e, consequentemente, no Ministério Ordenado da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Esse movimento, inserido em um contexto mais amplo de emergência da Teologia Feminista e, posteriormente, dos Estudos de Gênero, permitiu a organização e o debate acadêmico e comunitário em torno dessas questões.
Foi nesse cenário que, em 1991, a instituição consolidou a Cátedra de Teologia Feminista, um marco que deu visibilidade e força às reflexões sobre justiça de gênero, fé e prática comunitária.
Para Márcia, o legado é inegável: “Ao longo de 35 anos, a Faculdades EST não apenas formou gerações de pessoas teólogas atentas às questões de gênero, mas também se tornou referência internacional na área, mantendo vivo o compromisso com a inclusão, a equidade e a promoção de uma teologia contextualizada.”
