Quinta-Feira de Preto: violência contra meninas e mulheres é pauta de encontro promovido pelo PGR

Falar sobre o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas em um caminho de transformação da realidade. Essa foi a proposta da Quinta-Feira de Preto (Thuerdays in Black), promovida pelo Programa de Gênero e Religião (PGR) da Faculdades EST de São Leopoldo. A roda de conversa aconteceu no último dia 19, no Prédio do Espaço Diversidade, e reuniu cerca de 21 pessoas, entre estudantes da Faculdades EST, docentes, CADES, Centro Beatitude, e pessoas visitantes.

A atividade foi composta por uma dinâmica inicial de integração e introdução ao tema, pela apresentação da campanha Thuerdays in Black, promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) desde a década de 80, como um movimento global por sociedades sem estrupo e violência contra meninas e mulheres. Além disso, na ocasião foi apresentado o Projeto Cachoeira da Solidariedade e Resistência: uma rede de tapeçaria que reúne diferentes pessoas em todo o mundo em prol do mesmo objetivo: a eliminação das injustiças de gênero. Além de campanhas educativas e de sensibilização sobre o tema, rememorou-se algumas leis nacionais e acordos internacionais que visam a prevenção, acolhimento e a proteção das vítimas em situação de violência. Também foram apresentados dados do Brasil e América Latina sobre casos de mulheres vítimas de violências nos últimos anos.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP)*, de janeiro a abril deste ano, 76 gaúchas foram alvos de tentativas de feminicídio. No mesmo período, o número de feminicídios consumados no Rio Grande do Sul é de 36. Números que evidenciam uma triste realidade que precisa ser superada em nosso Estado e em todo o mundo. Após a leitura dos dados, foi aberto um espaço de diálogo e as pessoas participantes relataram diferentes situações de violência que estão próximas, apontando para a importância conversas como esta, promovida pelo PGR, uma vez que essa realidade nos alcança cotidianamente.

Interação e a Cachoeira da Solidariedade e Resistência: saiba mais

No intervalo do encontro, as pessoas participantes degustaram o lanche produzido por empreendimentos da AESOL – Associação de Empreendimentos de Economia Solidária de São Leopoldo.

Foi destinado ainda um espaço de produção artística coletiva para participação no projeto Cachoeira da Solidariedade e Resistência. O plano, consiste em um compromisso social para o fim do estupro e da violência, contribuindo para uma grande exposição de tapeçaria que está sendo desenvolvida pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) para sua assembleia, de 31 de agosto a 8 de setembro de 2022. Comunidades, grupos e pessoas de todas as religiões ou nenhuma, estão convidadas a fazer painéis quadrados de pano com imagens e mensagens que reflitam sobre a esperança para superar o abuso e a violência de gênero. O PGR aceitou o convite e a proposta foi elaborada por estudantes bolsistas do PGR. A costureira Janine Marja Schneider é a responsável por reunir e costurar as peças da cachoeira e estava presente no encontro.

Além da Assembleia do CMI, pretende-se que a obra de tapeçaria seja exibida em outros locais de destaque, desde o Centro Ecumênico em Genebra até as Nações Unidas em Nova York. A cachoeira é baseada no design das Quintas-feiras de Preto, com as linhas de peregrinação em branco e roxo.

Para mais informações sobre o projeto entre em contato pelo e-mail genero@est.edu.br

Para conhecer mais sobre a campanha Quinta-feira de Preto (Thuerdays in Black) clique aqui.

*Fonte: https://www.ssp.rs.gov.br/indicadores-da-violencia-contra-a-mulher